5 erros comuns ao formar um plantel de matrizes Nelore P.O. (e como evitá-los)
Evite prejuízos no seu projeto genético. Veja os principais erros na seleção de matrizes PO e aprenda a montar um plantel produtivo, eficiente e lucrativo.
Formar um plantel de Fêmeas Nelore P.O. é uma das decisões mais importantes para quem busca construir um projeto de seleção genética sólido e lucrativo.
As fêmeas são a base do progresso genético do rebanho e influenciam diretamente nos resultados reprodutivos, produtivos e financeiros da fazenda.
Apesar disso, muitos produtores ainda cometem erros que poderiam ser evitados com mais informação, planejamento e orientação técnica.
Escolhas feitas apenas com base na aparência ou no nome da linhagem, ausência de metas claras ou a falta de estrutura mínima para garantir o desempenho das matrizes, podem comprometer todo o potencial do plantel e gerar prejuízos difíceis de recuperar. Estudos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Embrapa Caprinos e Ovinos mostram que o acasalamento planejado gera resultados muito melhores do que cruzamentos aleatórios.
Simulações indicam que métodos dirigidos (que minimizam consanguinidade e maximizam complementariedade genética) podem proporcionar ganhos genéticos até 32% maiores nos primeiros ciclos de seleção, quando comparados a acasalamentos ao acaso (Montenegro et al., 2024).
Isso significa mais bezerros com desempenho elevado, progresso genético acelerado e maior retorno econômico.
Neste artigo, reunimos os cinco erros mais comuns na seleção de matrizes PO e mostramos como evitá-los de forma prática.
Se você está começando ou expandindo seu rebanho P.O., este conteúdo vai te ajudar a tomar decisões mais técnicas, seguras e focadas em resultados.
O que você vai encontrar:
- Erro 1: Comprar sem avaliação genética;
- Erro 2: Valorizar fenótipo e pedigree isoladamente, sem integrar desempenho produtivo e genético;
- Erro 3: Não planejar os acasalamentos;
- Erro 4: Subestimar a nutrição e a sanidade das fêmeas;
- Erro 5: Não ter um objetivo claro para o projeto de seleção;
- Bônus: Como evitar esses erros com apoio técnico.
Erro 1. Comprar sem avaliação genética
Esse é um dos erros mais comuns entre produtores iniciantes. Muitas vezes, a escolha das matrizes é feita com base no visual ou na confiança no vendedor, sem considerar dados objetivos como as DEPs (Diferenças Esperadas na Progênie).
Deixar de consultar as avaliações genéticas significa correr o risco de adquirir fêmeas que não vão contribuir com o desempenho reprodutivo, produtivo ou financeiro do rebanho.
Como evitar: dê preferência a animais com avaliação genética atualizada, certificação por programas reconhecidos e histórico reprodutivo consistente.
As DEPs ajudam a prever o potencial da fêmea para características como fertilidade, habilidade materna, peso ao desmame e longevidade.
Um material simples e técnico pode ajudar muito nessa etapa, como o ebook Seleção de Matrizes com Foco em DEPs, que explica os principais indicadores a considerar no momento da compra.
Erro 2. Valorizar fenótipo e pedigree isoladamente, sem integrar desempenho produtivo e genético
É comum ver produtores dando mais valor ao fenótipo e ao pedigree do que ao desempenho real das matrizes. Embora aparência e genealogia tenham seu papel na seleção, sozinhas, não garantem produtividade no campo.
Uma vaca bonita, mas com baixa taxa de prenhez ou pouca habilidade materna, pode representar mais custos do que retorno. Por outro lado, uma seleção bem feita é aquela que equilibra três pilares fundamentais: pedigree, avaliação fenotípica (visual) e avaliação genotípica (régua de DEPs). É essa junção que garante animais bem caracterizados, funcionais e produtivos.
O fenótipo é, sim, importante — principalmente para avaliar características estruturais, de funcionalidade e biotipo produtivo. No entanto, quando essa análise é feita de forma isolada ou extremada, há risco de comprometer a performance produtiva, reprodutiva e econômica do rebanho.
Como evitar: priorize dados objetivos como IPP, STAY, PmEm, peso da progênie e regularidade reprodutiva, utilizando a régua de DEPs como base. O visual (fenótipo) e o pedigree entram como complementares, servindo para validar e reforçar a seleção, nunca como critérios únicos.
Erro 3. Não planejar os acasalamentos
Adquirir boas matrizes é só o começo. Muitos pecuaristas deixam de planejar os acasalamentos e acabam fazendo cruzamentos aleatórios, sem considerar a compatibilidade genética ou os objetivos produtivos do projeto.
Essa falta de direcionamento pode gerar problemas como consanguinidade, perda de variabilidade e bezerros com desempenho abaixo do esperado. No médio prazo, isso significa estagnação genética, aumento do descarte e menor retorno financeiro.
Como evitar: utilizar ferramentas de gestão e acasalamento dirigido é essencial. Para quem faz parte do erural Prime — programa exclusivo para quem busca acompanhamento e retorno com genética bovina — esse processo se torna muito mais prático.
O Prime disponibiliza acesso ao sistema Meu Plantel, que permite organizar, acompanhar e planejar o rebanho de forma inteligente e alinhada aos objetivos do criador, facilitando o controle dos dados zootécnicos, produtivos e reprodutivos.
Com essas ferramentas, somadas ao suporte de um assessor técnico dedicado, fica mais fácil planejar os acasalamentos, evitar erros e garantir que cada geração avance em desempenho, produtividade e rentabilidade.
Erro 4. Subestimar a nutrição e a sanidade das fêmeas
Mesmo com uma boa genética, a matriz precisa de suporte para expressar seu potencial. Sem um manejo nutricional adequado e protocolos sanitários eficientes, a performance da fêmea pode ficar comprometida.
É comum ver vacas geneticamente superiores sendo descartadas por falhas em nutrição ou por problemas reprodutivos evitáveis.
Como evitar: mantenha um plano nutricional específico para fêmeas P.O., com foco especial nos períodos de pré e pós-parto. Adote rotinas de sanidade preventiva e faça o acompanhamento reprodutivo de forma contínua.
Erro 5. Não ter um objetivo claro para o projeto de seleção
Quando o produtor não define um objetivo para o plantel, as decisões se tornam inconsistentes. Cada compra ou acasalamento é feita com base em critérios diferentes, o que dificulta o progresso genético e o controle dos resultados.
Sem uma meta, não há como medir se o projeto está no caminho certo.
Como evitar: defina desde o início se o foco será a produção de reprodutores, bezerros para reposição, venda de novilhas ou apenas a melhoria do rebanho comercial. Ter um objetivo claro também permite calcular com mais precisão o retorno esperado de cada fêmea.
Para te ajudar nessa etapa, recomendo o nosso ebook Seleção de Matrizes com Foco em Lucro para saber como transformar números em resultados reais.

Conclusão
Evitar os principais erros na seleção de matrizes PO é essencial para quem deseja construir um plantel produtivo, eficiente e, principalmente, lucrativo.
Quando o produtor escolhe com base em dados, planeja seus acasalamentos, alinha manejo, nutrição e sanidade, e tem clareza sobre os objetivos do projeto, o retorno vem de forma muito mais rápida e consistente.
Esse caminho se torna ainda mais seguro quando você conta com apoio especializado. Quem faz parte do erural Prime tem acesso a assessoria técnica dedicada e suporte em todas as etapas do projeto, desde a escolha das matrizes até o acompanhamento dos resultados.
Construir um projeto genético sólido começa por evitar erros simples e dar passos certos, desde o início.